quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Nossa Luta... 11 de Outubro!

Hoje é o dia do Deficiente físico, para mim são todos os dias, pois o Gu e sua deficiência são permanentes em minha vida, rotularam este dia  para mostrar ao mundo que a nossa luta, é diária e não é fácil. A falta de sensibilidade das pessoas é tremenda, assim como, a falta de acessibilidade na cidade. O Rio por exemplo, as ruas são esburacadas, meu filho é um "novo" cadeirante e já estamos com estes problemas, falta tudo, os ônibus não são acessíveis e quando tem o elevador, ou ele não funciona ou o motorista não sabe usa-lo, uma vergonha! Temos que passar por ruas com ele tripidando na sua cadeira, uma vergonha dupla, o Brasil, um país rico, um país que tem a possibilidade de crescer, mas enquanto houver a corrupção, quem sofre somos nós!

Enfim, hoje é um dia para ficar na nossa memória. Dia 11 de outubro, comemoramos o Dia do Deficiente Físico.



"A verdadeira deficiência é aquela que prende o ser humano por dentro e não por fora, pois até os incapacitados de andar podem ser livres para voar."Thaís Moraes

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Músicas para meus ouvidos...

Se tem uma coisa que aqui em casa somos apaixonados, é por música! Desde pequena, aprendi com a minha mãe, a tomar gosto pela coisa. Lembro dela cantarolando pela casa, fazendo umas tarefas, mas sempre cantando!

Quando o Gustavo nasceu, e descobrimos a sua Paralisia. Fomos para ABBR, e lá descobrimos que tinha uma terapia, feita com a musica, onde a música era a base da terapia. Sem hesitar coloquei ele, para praticar isso, e logo, ele amou pois assim como eu e minha mãe, adorava uma música. Eu até então, nem sabia o que na real esta terapia iria ajuda-lo. Logo vi que sua atenção estava melhorando, ele estava mais atento na televisão, nas músicas do rádio, no Youtube. Além disso, sempre cantei para eles na minha barriga, é muito importante esta troca de sentimentos, com as crias na barriga, cantava me emocionava com isso, arrepiava bastante. Era a unica coisa que eu fazia na gestação, além dos vômitos (rsrsrsrs).



"A musicoterapia é uma organização de estudos que já aconteceram, de uma maneira empírica, ao longo do tempo.Desde que o homem está na terra, ele elaborou instrumentos, cantos e sons rústicos que foram se aprimorando ao longo da vida. Através de experimentos, descobriu-se que os sons produzidos por músicas acalmavam pessoas que necessitavam de tratamento para cura de medos e enfermidades. Esses dados foram organizados por médicos, músicos, terapeutas e pesquisadores, dando origem aos primeiros cursos de Musicoterapia aliando essa técnica terapeutica como auxilio de tratamento de saúde física e mental."

Fonte: http://transamerica.tv.br/Saude/musicoterapia.html

Bom fica aqui minha dica, para mim é válido, afinal estímulos nunca são demais, é claro, que deve saber usa-los com coerência.

Até o próximo post...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Tantas terapias, será que vela a pena?!

Gustavo tem paralisia cerebral, faz terapias desde os 4 meses de vida. Já passamos por cada uma que se fosse descreve-las, iria ficar aqui o dia inteiro. Com 4 meses, sem ao menos saber o que ele realmente tinha fui guiada a uma Fono que fazia um método chamado Padovam, eu nem sabia o que seria aquilo, e muit menos se funcionava, só sei que fui. Fazíamos a terapia 2x na semana. Logo com 6 meses, fomos para uma louca que se dizia fisio, ela rolava meu pequeno numa maca igual um rolo compressor, dali fiquei traumatizada. Com 7 meses, ele começou a fazer em casa, fazia fisio em casa e a mesma fisioterapeuta fazia hidroterapia (terapia na água) na academia. Então, eu estava no caminho correto?! Não sei, ainda não entendia muito sobre a patologia, foi quando aos 9 meses o Gu ingressou na ABBR, que mundo diferente, era tudo novidade, ficamos lá até 1 ano de vida dele. Com 1 ano viemos para casa, trazendo conosco a fisioterapeuta que o acompanhou lá. Ela era mais que uma fisio, fazia parte da nossa família, e ficou conosco até Julho deste ano, foram 3 anos de muita cumplicidade, mais o tempo do Gu acabou em casa, ele fazia só o que ele queria, já mandava nas terapeutas (sim, em todas.. Fisio, To, Fono, Musico). Foi quando tive a idéia de ir para a Clinica novamente, pois com 1 ano e meio ele fez equo lá. Fui meio indecisa, realmente não sabia o que estava por vir, o Gustavo chora quando chega lá, e depois se acostuma e chora para sair de lá. Tem duas fisios "porretas", uma mais amorosa (né Marília?! hehehehe) e outra mais rígida e carinhosa também, mas é mais durona (heheheheehh, Ciça não me mate! hahaha). As duas competentes demais, para vocês terem uma idéia ele fica de gatinho em casa, e de pé por mais de 5 min agora (a mãe pira!rsrsrs). Coisas incríveis estão acontecendo com ele, temos uma equipe muito boa e competente cuidando da vida do Gustavo.

E aí eu me pergunto, será que vela a pena estas terapias?! Minha resposta é, sem dúvida nenhuma vale muito a pena, ver os progressos dele, ver tudo o que esta acontecendo, ver sua inteligência aflorar, não tem preço. Em casa damos a continuidade de quase tudo que aplicam na clínica, pois sem esta entrega total nossa, nada estaria acontecendo, a família a principal terapia da crianças, seja qual for a sua patologia, é com muito amor, carinho, dedicação, que juntos conseguimos isso! Não sou um exemplo de mãe, também erro, peco, mas acima de tudo tenho minha consciência tranquila, de que eu o ajudo muito e ele me ajuda mais ainda!


Gu e tia Ciça.
De pé, por 3 minutos!

O primeiro dia sem o choro!

Fardo?! Jamais! Carma?! nunca! Ele é meu tesouro, minha jóia a ser lapidada, cada dia, ele é meu ar, é minha vida! E eu agradeço muito por ele ser meu, pois sei a capacidade que tenho de cuida-lo! Agradeço a Equipe CERVIM, pelo trabalho que está dando continuidade, pelos ganhos que ele tem feito. Agradeço também ao Gu, pois mesmo nas horas de estresse, ele ajuda muito!

Até a próxima....

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Quebrei o tabú, ou será que, estou tentando?!

No último dia 28/09/12, fomos (eu e Gu) até São Paulo para pegar a tal Cadeira de Rodas. Chegamos lá e logo fomos recebidos pelo taxista,  depois de um "Tur" pela cidade, chegamos ao local tão esperando e sonhado nestes 30 dias. Ops, será que era sonhado este momento?! Acredito que gostaria de ter ido apenas a passeio, para conhecer as amigas que fiz durante estes quase 4 anos. Mas não iríamos nos conhecer se não fosse a paralisia cerebral (isso é fato). E se não fosse a Paralisia do Gu, também não iria para lá buscar a cadeira, oh my god! Que mixto de sentimentos me invade. Porém, ao colocarmos ele sentadinho lá, vi que realmente a coisa está certa, de um ponto ela o postura divinamente, ela é confortável, ela é o que precisamos neste momento. Ao mesmo tempo, ela chama muita atenção onde passamos, um passeio no shopping agora é um evento, todos olham e os que não olham são "cutucados" por parceiros que ali estão, chega ser engraçado! Como tem pessoas, que ainda se assustam com o fato de ver alguém ali, na cadeira. Eita cadeira mais aparecida! Shows a parte (rsrsrs). Estamos nos adaptando muito bem a ela, melhor até que esperávamos, a aceitação na familia foi meio que imediato, mas e a minha aceitação?! Chorei, implorei que não fosse isso, é claro, hipocrisia a esta hora aqui não rola. Mas ao ver o meu filho, totalmente "independente" na sua cadeira, foi um máximo. Ver também que ele, pode comer sem ser no colo, e ainda olhar as roupas nas vitrines, sem ninguém apontando, é mais maravilhoso ainda!

Vamos quebrar este Tabú, vamos seguir em frente....

                                                         Gu e sua cadeira, olha a felicidade!                                                                    


                                                        A sua Independência!


Obrigada queridos, até a próxima! :)